quinta-feira, 24 de novembro de 2005

Nós somos fantástic...

O ano de 2005 ficará na minha memória como o ano em que me iniciei verdadeiramente em concertos.
Depois da fantástica noite de 14 de Agosto, que já tive oportunidade de relatar, a noite de 23 de Novembro prometia. Os Coldplay passariam pela 3ª vez em Portugal e, depois de não ter podido assistir ao concerto de 2003, não podia falhar este.

No entanto esta noite seria diferente da mítica noite de Agosto, por diversas razões: a maluqueira pelos U2 é única, apesar de gostar bastante da música dos Coldplay; o meu bilhete era para a bancada; não "tive" de madrugar para ficar com um bom lugar; e a ansiedade neste caso quase não se fazia sentir.
Após um dia de aulas e de um jogo a contar para a liga AEIST, rumei ao Parque das Nações cerca das 18h, para me encontrar com o meu grande amigo Sahba e uma sua amiga (peço desculpa por não me lembrar do seu nome). Infelizmente tinhamos bilhetes para locais distintos, por isso tivemos de nos separar.

Cerca das 19h45 as portas do Pavilhão Atlântico abriram e a entrada deu-se pacificamente. Aqui viu-se uma grande diferença para com o concerto dos U2. Pela primeira vez entro neste pavilhão de bela arquitectura e aprecio a estrutura da cobertura bastante elaborada. Fiquei impressionado positivamente com o pavilhão quer em termos estéticos quer em termos acústicos. Muita gente critica este último aspecto, mas devo dizer que o som me pareceu bastante bom de onde me encontrava.
A primeira parte do concerto estava por conta dos Golfrapp (apresentados pelo Chris Martin), uma banda que tinha bastante curiosidade em ver, mas fiquei com a sensação que prefiro ouvi-los em casa. Não que não se tenham esforçado, mas apenas pelo facto de o seu tipo de som não se enquadrar muito bem ao vivo. É a minha humilde opinião.
Antes dos Coldplay actuarem, passou no ecrã um vídeo da One Campaign com uma das maiores ovações da noite sair quando apareceu a figura de... Bono!
Com o som futurista de Square One e com um relógio em contagem decrescente projectado no ecrã, entram em cena os Coldplay.

Partem então para um óptimo concerto, com destaque para os enormes balões amarelos que caiam do topo do pavilhão durante a Yellow, para não falar na música em si, uma das melhores da noite, na má entrada de Chris Martin em The Scientist, que o faz dizer um palavrão e pedir desculpa aos espectadores, na fantástica Talk, o arranhar no português do Chris Martin ("Vocês são fantástic...") e para o número mágico, a fazer lembrar David Copperfield, durante a In My Place. Como notas negativas, a Speed of Sound, que ficou aquém das minhas expectativas e do reduzido número de temas do alinhamento. Também não seriam de esperar muitos mais visto os Coldplay apenas terem 3 albuns de originais. No entanto foi, sem dúvida, tempo e dinheiro bem gasto!
Depois de trocar algumas impressões com o Sahba e a sua amiga, no final do concerto, e de comer umas saborosíssimas barras energéticas oferecidas, foi tempo de me aventurar, pela madrugada, na linha de Sintra. Felizmente correu tudo bem ou eu não estaria aqui a escrever!
Nota: todas as fotos são de minha autoria.