Quando a simplicidade é felicidade

No passado dia 7 de Agosto, quando parti rumo à aldeia de Taizé (França), muitas dúvidas estavam na minha cabeça. Não sabia o que iria por lá encontrar, não sabia se o carro em que viajámos estaria à altura, estava com dúvidas se aguentaria dormir todas as noites apenas com um "colchão" de meio centímetro de espessura, se nos safaríamos com a comida, se..., se..., se...

Hoje, depois de percorridos 4500 km desde Lisboa a Taizé, passando por Madrid, Barcelona, Toledo e Millau, e de regresso a casa, tenho a certeza que tomei a decisão correcta ao aceitar o desfio que me foi lançado pelo meu amigo Igor.

Em Taizé pude desenferrujar o meu Inglês (que sempre andou enferrujado) e de apreciar uma colina verdejante imensa, assim como um lago belíssimo. Mas, acima de tudo, pude conhecer pessoas fantásticas. Pessoas com quem partilhei experiências, pessoas humildes, que estavam disponíveis para ajudar, pessoas que me fizeram rir e que me mostraram que a simplicidade é das melhores coisas do mundo. Obrigado a todos pelos 7 dias dias maravilhosos que passámos juntos (talvez esta frase devesse estar em Inglês: Thank you all for those 7 wonderful days that we spent together).

Foi também em Taizé que verifiquei que orar em conjunto pode ser algo muito forte, que comer apenas com uma colher é possível e, até, bastante agradável, que trabalhar não é um sacrifício quando em troca se recebe um sorriso e que é possível ouvir um "Good morning" de alguém desconhecido.

Perante todos estes sentimentos, a beleza de Barcelona, o misticismo de Toledo, a energia de Madrid, a imponência do viaduto de Millau e as águas revigorantes do lago Barasona ficam, de certa forma, em segundo plano.

Não podia, contudo, deixar de agradecer aos meus parceiros de viagem, Igor e Tiago, pelo grande sentimento de companheirismo e amizade que existiu naqueles 14 dias que nos ficarão para sempre na memória.

Com um forte abraço para todo o mundo, em especial para Portugal, Itália, Áustria e Bélgica.